terça-feira, 4 de junho de 2013

DEUSA LAKHSMI


Lakshmi era filha do sábio Bhrigu e tomou refúgio no Oceano de Leite quando os Deuses foram mandados para o exílio. Assim que os Deuses viram Lakshmi, todos se apaixonaram com sua beleza. Shiva reclamouLakshmi como sua esposa, mas como ele já havia se esposado com a Lua, sua mão foi dada a Vishnu a quem a própria Lakshmi preferia.
Lakshmi sempre renascia como sua consorte todas as vezes em que Vishnu reencarnava. Por exemplo, Lakshmi foi Sita para Rama, Radha e mais tarde Rukmini para Krishna. Lakshmi é muito amada por seu povo. Foi ela que deu a Indra, o Rei dos Deuses, o soma (ou sangue do conhecimento) do seu próprio corpo para que ele produzisse a ilusão do parto e se tornasse o Rei dos Devas.
Lakshmi é a Deusa da Luz, beleza, boa sorte e riqueza. Como consorte de Vishnu, o princípio preservador, Lakshmi também significa amor e graça. Lakshmi normalmente expressa sua devoção à Vishnu massageando seu pé enquanto ele se deita na espiral da serpente Shesha. Enquanto Lakshmi é geralmente venerada para se obter sucesso, ela não reside por muito tempo com qualquer um que seja preguiçoso ou que a deseja somente por riqueza.
A Deusa Lakshmi significa "boa sorte" para os hindus. A palavra "Lakhsmi" é derivada da palavra "Laksya" do sânscrito, significando o "alvo", o "objetivo".

UM POUCO DE HISTÓRIA...
A mitologia dos Deuses hindus é uma das mais ricas do mundo. A natureza complexa dos Grandes Deuses como Brahma, o Criador, Vishnu, o Protetor, e Shiva, o Destruidor e suas consortes, está representada em muitos mitos cheios de ação, aventura e romance. Esses mitos materializam o espírito sutil e generoso do próprio hinduísmo.
Existem grande quantidade de textos hindus que elogiam os Deuses,e alguns deles, como o Rig Veda, são muito extensos.
A Índia é um país muito grande, com uma vasta população de mais de um bilhão de pessoas, onde se fala 745 línguas distintas. Em torno de 80 por cento de sua população é hindu. O hinduísmo como religião parece ter suas primeiras raízes na civilização do vale Hindus (2500 a 1500 a. C.), que já adorava Shiva, o Deus da Criação e Destruição, e Devi, a Grande Deusa. Esses Grandes Deuses logo se fusionaram com os Deuses Vedas dos ários, que invadiram a índia em torno de 1200 a. C.
Os primeiros mitos hindus foram escritos em textos religiosos como o Rig Veda em torno de 1200 a. C., e as histórias continuaram desenvolvendo-se durante 2000 anos.
A crença da reencarnação está presente na concepção do hinduísmo. Cada ser vivo possui uma alma que experimenta o que denomina de "samsara", ciclo que ocorre através de muitas formas corporais. O samsara dita um ritmo de nascimentos e mortes que podem repetir-se de forma indefinida. A lei do "karma" (em sânscrito "feito") dita os feitos de uma vida e determinam o caráter da próxima. Uma vida de honra aos Deuses, poderá ser recompensada na próxima reencarnação. Assim como o homem se conduz, assim será conduzido: aquele que sempre fizer o bem, não precisa ter medo do mal, pois através de suas boas obras poderá se converter em um homem santo.
O hinduismo dá maior ênfase a riqueza espiritual do que a material.

LUGARES SAGRADOS
A Índia está cheia de lugares sagrados chamados "tirthas", que significam "lugares onde vadeia um rio". Os hindus crêem que os rios levam poderes sagrados à terra e o mais importante desses rios é o Ganges, que nasce no Himalaia e atravessa de um extremo ao outro do norte da Índia para desembocar na baía de Bengala. Existem muitos lugares santos ao longo dos 25-7 Km do Ganges, dos quais o mais importante é Varanasi, a cidade de Shiva, onde seus fiéis vão banhar-se no rio.
Os hindus dizem que banhar-se no Ganges é como estar no céu. Por isso, muitos são os peregrinos que se reúnem lavarem-se em suas águas, que se compara com amrita, o elixir da vida.
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NASCIMENTO DE LAKSHMI
Como todas as Deusas no panteão Hindu, Lakshmi tem muitas histórias sobre sua origem. Uma   delas conta, que o Rei dos Reis, Indra, um certo dia, perdeu seus poderes e envelheceu. Um sábio nomeou um Deva menor para ir até Brahma em busca de uma solução. Entretanto,esse último o conduziu até Mahavishnu (avatar de Vishnu) para um melhor aconselhamento. Vishnu sorriu ao ouvir o problema dos Devas (Deuses Menores) e deu-lhes uma solução. Disse que deveriam agitar o poderoso oceano de leite e beber amrita, o elixir que os faria recuperar a juventude e a força.
Mas tal feito não era nada fácil. Como chocalhar o oceano? Usando a montanha Mandara e a serpente Vasuki. Os Devas então foram providenciar tudo. Mas a montanha Mandara necessitava de uma base para puxá-la. Então Vishnu transformou-se em uma tartaruga poderosa e serviu de base para a montanha. Colocaram ainda, a serpente Vasuki em torno da montanha para protegê-la.
 Os demônios acordados com tanta agitação, também quiseram compartilhar o elixir. Os Devas, como sabiam que não conseguiriam realizar a tarefa sozinhos, aceitaram a ajuda dos Asuras (demônios).
Agitaram tanto o oceano até que seus braços se feriram e receberam então, quatorze presentes preciosos para à humanidade. A Deusa Lakshmi foi a última a emergir. Sentada sobre um lótus,era extremamente bela e encantou a todos. Os elefantes do céu derramavam gotas de água para refrescá-la. De acordo com a mitologia hindu, a terra inteira é mantida por quatro elefantes chamados Dik-gaj, onde "dik" significa o sentido e "gaj", o elefante.
Lakshmi trouxe consigo o elixir, que faria reviver a força dos Deuses. Escolheu então, para ser seu consorte, Vishnu. Vishnu carregou Lakshmi do oceano até o céu e cada vez que ele desce na terra como um avatar, é acompanhado por um avatar de Lakshmi.

A VIDA DE RAMA (VISHNU) E SITA (LAKSHMI)

Quando Vishnu atravessou suas reencarnações, Lakhmi reencarnava com ele. Quando Vishnu se tornou Rama, Lakhmi tornou-se Sita. Quando ele virou Krishna, ela passou a ser Radha, a menina-vaca. Tais encarnações são chamadas de avatares.Calque será o nome do décimo avatar, no qual Vishnu aparecerá no fim da época presente no mundo, para destruir todos os vícios e malvadezas e restituir à humanidade a virtude e pureza.
O herói mais importante da mitologia hindu é o príncipe Rama. A história da busca de sua esposa Sita, que foi raptada pelo demônio Ravana, se conta por toda a Índia. Foi escrito pela primeira vez na épica sânscrita de 50000 linhas, o Ramayana (200 aC. - 200 d. C.).
No reino Ayodhya (hoje norte da Índia) há milhares de anos atrás, vivia um rei chamado Dasaratha, o qual estava casado com três esposas (algo habitual entre os reis) chamadas Kaushalya, Kaikeyi e Sumitra. Nenhuma das três havia podido lhe dar filhos. Desaratha aconselhado pelos sacerdotes brahmanas, organizou um grande sacrifício de fogo para conseguir um filho. Durante o sacrifício surgiu um ser místico que lhe entregou um tigela com arroz (se tratava de um alimento santificado) para suas esposas comerem. A Kaushalya por ser a mais importante das rainhas, comeu a metade do arroz,e dividiu o que restou entre as outras duas. Com o passar do tempo, Kaushaya deu à luz a um filho chamado Rama, Kaikeyi teve Bharata e de Sumitra nasceram os filhos chamados Lakshmana e Shatrughana.
 Rama tinha uma metade da divindade de Vishnu e seus irmãos compartem o resto. Os irmãos cresceram desconhecendo sua origem divina. Os hindus adoram Rama como uma encarnação do Deus Vishnu.
Rama apaixonou-se por Sita, a filha do rei Janaka de Mithila, que é a reencarnação da fiel esposa   de Vishnu, Lakshmi.
Devido a um incidente na corte, Rama, Lakshmana e Sita foram viver tranqüilamente no bosque. Tudo ia bem até o demônio Ravana seqüestrar a Sita, que gritou a todas as árvores do bosque para dizerem a Rama que estava sendo levada contra sua vontade. Também tirou suas jóias e seu véu de ouro a cinco macacos e Hanumen, seu general. Então o sábio Agastya o aconselhou a adorar o sol, a fonte da vida. Assim o fez e também pediu emprestado uma carruagem e um cocheiro do Deus do Céu, Indra. Logo Rama foi atrás de Ravana e de seus exército de rakshashas demoníacos, que estava cheio de guerreiros ferozes com nomes como Morte-aos-homens.
Rama juntou seu exército composto de macacos e ursos e atacou o demônio, depois de haver cruzado a ponte das pedras flutuantes sobre o oceano. Após diversas batalhas, Ravana, o demônio de dez cabeças foi morto pelas flechas de Rama, e Sita foi finalmente libertada. Rama junto de sua esposa Sita, e seu irmão Lakshmana acompanhados de devotos, regressaram a Ayodhya, depois de haverem passado 14 anos em exílio.
Quando os habitantes de Ayodhya escutaram a notícia da chegada do rei amado, se vestiram com as melhores roupas e as mulheres se maquiaram e vestiram suas preciosas jóias. Justo aquele dia era de lua nova, tudo estava muito escuro, assim para iluminar o caminho do rei Rama, foram colocadas numerosas lamparinas de azeite por todo o trajeto, assim como no palácio e em todas as casas do reino. A palavra Diwalli significa literalmente "fileira de luzes", e foi assim, portanto, que se originou essa festa ancestral que se celebra em toda a Índia e em todo mundo onde vivem os hindus.
A história de Rama e Sita é muito difundida muito além da Índia. É popular na Indonésia, na Malásia e na Tailândia.
O casal Vishnu e Lakshmi regem o sentimento erótico, além de governar o elemento água. A mitologia hindu revela que desta união nasceu Kama, o Deus do amor. Kama é extremamente belo, retratado como um lindo pássaro. Em algumas ocasiões, é reverenciado durante o ato de amor.
O tema principal do Ramayna é a eterna luta do bem contra o mal, da luz contra a escuridão e das conseqüências dos nossos atos passados. Em Ramayana nos encontramos com o sacrifício da liberdade em nome do dever e da honra. Assim, como nos ensina que o amor, demanda um serviço,pois ele transcende qualquer status social. Rama não vive sem sua Sita, por isso, os grandes mestres espirituais sabem, que nunca deve-se adorar o Deus sozinho, mas sempre com sua consorte, ou seja, junto com sua energia feminina.
Lakshmi é considerada como modelo da esposa hindu, unida em completa harmonia com o marido e sua família.
Sempre que invocarmos Lakshmi, devemos nos recordar que ela não é só a Deusa da Fortuna material, mas sim também da espiritual que é a que realmente perdura e sobre tudo, não devemos esquecer que Lakshmi é ainda, uma Deusa do Amor.



REENCARNAÇÕES DA DEUSA
A Deusa-Mãe Lakshmi é consultada pela população hindu, buscando algum tipo de riqueza. Há oito modalidades de se adorar Lakshmi, levando em conta o resultado desejado. A imagem abaixo também ilustra as oito reencarnações da Deusa Lakshmi:


* Santhana lakshmi 
Ela protege toda a Riqueza da Família, principalmente as crianças.
* Gaja laksmi 
Ela surge como Rainha Universal com seus dois elefantes que atendem todas as preces e orações..
* Aishwarya lakshmi 
Só Ela encerra a totalidade do conhecimento, tanto material quanto espiritual.
* Dhanya lakshmi 
É Ela que alimenta o mundo nos concedendo a Riqueza da boa colheita dos grãos.
* Adhi lakshmi
Ela é a Mãe Divina e fonte de todo o poder de Vishnu.
* Vijaya lakshmi
É Ela que nos concede a vitória sobre obstáculos e problemas (vitória tb, no trabalho e aspectos legais)
* Dhana lakshmi 
Ela é a doadora do todo tipo de riqueza
* Veera lakhsmi ouDhairyalakshmi
É Ela que nos dá força e coragem para enfrentarmos qualquer sacrifício.

OS BENEFÍCIOS DA ADORAÇÃO:
Cada um dos aspectos ou reencarnações acima, são chamados de"vrata". Por exemplo, para alcançar a vitória na guerra ou em batalhas legais, deve-se ativar o vrata Vijaya-lakshmi. Para a saúde, o vrata de Veera-lakshmi da coragem e do poder deve ser ativado. Para que a casa ou comércio seja próspero o vrata indicado é o Dhanya-lakshmi. E assim por diante...
Todos que empreendem a busca de um vrata da Deusa Lakshmi com fé e sinceridade, conseguirão o que desejam.

ADORAÇÃO DO VRATA
Para as mulheres é importante a conexão com a Deusa Lakshmi, pois ela traz muita prosperidade para toda a família. A mulher hindu tradicional preza muito pela conservação de um lar saudável e próspero. Conseqüentemente, as mulheres pedem a ajuda de Lakshmi para assegurar essa harmonia, especialmente porque ela é considerada como modelo de esposa perfeita. O relacionamento de Lakhsmi e Vishnu ilustra esse aspecto.
Qualquer ritual deve ser realizado em uma sexta-feira que coincida com os dias 11 ou 21 do mês. Não deve-se comer carne nesse dia.
Sempre que o puja(ritual de adoração) é realizado, ele compreende três componentes importantes: ter uma imagem ou ilustração da Deusa; o ato do puja, ou adoração que inclui moedas,flores, frutas e alimentos que devem ser lhe oferecidos e no final os alimentos são abençoados e devem ser consumidos.
Executando-se essas três etapas cria-se um relacionamento emocional direto com a Deusa.
Você pode criar em sua casa um pequeno altar para adorar Lakshmi e pedir prosperidade e riqueza para sua vida. É só achar um cantinho ou uma mesinha vazia, cobri-la com uma toalha amarela e colocar a imagem ou uma fotografia da Deusa. Coloque então uma vasilha com água pura, duas lamparinas à óleo ou velas vermelhas, incenso indiano, moedas, uma bandeja com 5 variedades de frutas da época, um vaso com rosas vermelhas, pasta perfumada da madeira de sândalo, e Panchaamrutam, que é uma mistura de mel, manteiga purificada (ghee), coalhada, leite e açúcar. Pode ser substituído por um doce de ambrosia, que é mais conhecido por todos nós. Coloque um som ambiental com músicas indianas.
Depois que o altar estiver pronto sente-se em uma cadeira ou na posição de lótus no chão e feche os olhos. Agora imagina-se flutuando em um rio em cima de uma flor de lótus vermelha gigante. Ao seu lado estará Lakshmi, linda em seu sari vermelho todo bordado de dourado. Converse com ela e diga que você lhe trouxe muitos presentes para serem trocados por sua abençoada sabedoria. Deixe que o fluxo de sua imaginação carregue você, escute as palavras da Deusa e aqueça-se com sua abundância.
Quando quiser voltar é só se despedir da Deusa, respirar três vezes profundamente e abrir os olhos.
Seja Bem-Vinda!
DEUSA DO AMOR, DA BELEZA E DA PROSPERIDADE

Lakshmi é uma Deusa do amor e da beleza, da sorte, da prosperidade e do sucesso. No hindu moderno é representada como uma jovem de longos cabelos negros brilhantes e soltos, vestindo um sari (vestido típico das mulheres da Índia) vermelho com bordados dourados e usando diversas jóias como: colares, braceletes, pingentes e um aro no nariz com incrustações. Em sua cabeça ostenta uma coroa (Mitra) que representa o Monte Meru, a "Morada dos Deuses", que se vê circundada por um aro de luz que simboliza a Luz Solar. Em suas diferentes representações, pode mostrar-se com uma tez escura, ressaltando seu caráter de consorte de Vishnu; quando sua tez é da cor dourada, simboliza fonte de riqueza; se é branca, é a forma mais pura de Prakriti (da natureza); se a tez é rosada, se mostra como a Mãe de todas as criaturas.
Apesar dela aparecer em inúmeras ilustrações com quatro braços, é normalmente representada apenas com dois, segurando uma flor de lótus, ou sentada sobre ela com um cântaro que jorra moedas de ouro e flanqueada por dois elefantes. Normalmente nos templos da Índia, Lakhshmi está em pé ao lado de seu consorte, o Deus Vishnu, o segundo membro da trimurti hindu. A Trimurti ("tripla estátua"), ou trindade, da divindade hindu consiste de: Brahma, Vishnu e Shiva.
Quando é representada por quatro braços, os dois posteriores carregam flores de lótus (conhecimento desenvolvido); os braços anteriores mostram suas mãos doadoras de pepitas de ouro ou gemas, símbolos da fortuna que entrega aos homens: ouro e a gema do conhecimento. As quatro mãos significam os quatro fins da vida humana: dharma (atos de justiça e dever), kama (prazeres sensuais), artha (riqueza) e moksha (libertação espiritual final). As mãos da frente representam a atividade de mundo físico e as detrás, indicam as atividades espirituais que conduzem à perfeição espiritual.
A posição das mãos: em Abhaya até Mudrá ou postura de Proteção no caminho da devoção, e em Varada até Mudra ou Doadora de dons.
O assento de lótus, onde a Deusa se posiciona em cima, significa dizer que devemos apreciar a riqueza, mas não devemos nos tornar obsessivos por ela. Nossa vida deve ser análoga a um lótus, que cresce na água, mas não é molhada por ela. Os lótus, quando mostrados em vários estágios de florescimento, representam os mundos e os seres em vários estágios de evolução. A flor de lótus sustentada pela mão direita posterior nos dá a idéia de que devemos executar todos os nossos deveres de acordo com o dharma. Isso nos conduzirá ao moksha (libertação espiritual final) que está simbolizado por um lótus na mão esquerda posterior.
As moedas de ouro que caem na terra da mão anterior de Lakshmi ilustram o seu poder de doar riqueza e prosperidade para seus devotos. Os dois elefantes ao fundo simbolizam o nome e a fama associados a riqueza temporal. A idéia passada é que o devoto que obtiver a graça da riqueza não é tão somente para adquirir nome e fama ou para satisfazer seu próprio desejo material, mas deve compartilhar com o outro a fim de também propiciar-lhe felicidade. As trompas dos elefantes que sustentam cânforas das quais jorram água, representam as águas do Sagrado Ganges ou também o Amrita obtido através do "Batimento ou  Agitamento" do oceano do qual Lakshmi surgiu esplendorosa, com uma beleza sem par.
Muitas vezes Lakshmi é mostrada portando uma cânfora com Amrita (elixir da imortalidade do espírito), coberta de Kusa (erva ritualística).
Como Deusa da prosperidade Lakshmi, é chamada também como Dharidranashini (a que destrói   toda a pobreza) e Dharidradvamshini (àquela que se opõe a pobreza).
As vezes, se faz referência a ambos (Lakshmi-Vishnu) pelo nome Lakshmi-Narayan, sendo Narayan outro nome de Vishnu.
Outros nomes que são dados para Lakshmi incluem Hira (jóia), Indira (A Poderosa) e Lokamata (A Mãe do Mundo). Entretanto, é chamada também de Chanchala que significa "volúvel", ou aquela que não fica em um lugar por muito tempo. Isso significa que a fortuna e a riqueza não permanecem por tempo prolongado nas mãos de qualquer um. Somente aqueles que são merecedores do respeito da Deusa terão esse privilégio. Portanto, não devemos somente adorá-la, mas também não devemos desperdiçar dinheiro em artigos ou projetos desnecessários.

A DEUSA E A CORUJA
Em algumas pinturas (ou desenhos) Lakshmi aparece voando montada em uma coruja. A coruja   é a representação simbólica do Rei dos Reis, chamado de "Uluka" quando aparece nessa forma, personificando a riqueza, o poder e a glória. Sendo assim, Lakshmi, como uma Deusa da Fortuna, não poderia ter encontrado alguém melhor para lhe servir de montaria.
Essa associação do Deus Indra a um pássaro que é parcialmente cego à luz do dia adverte sobre   a procura secular da riqueza espiritual. Lakshmi associada ao Indra-coruja torna-se Mestra da sabedoria espiritual que dá todo o suporte para a riqueza material. Outra interpretação seria de que os olhos jamais se fecham para à luz da sabedoria ou para o sol do conhecimento. Toda Deusa-Mãe mantêm a ignorância sob o seu controle.

FESTIVAL DIWALLI
O festival de luzes de Lakshmi se chama Diwalli (25 outubro), que homenageia essa Deusa como a esposa de Vishnu. Nessa noite, as esposas hindus dançam particularmente para seus maridos. Lanternas de óleo são acesas por toda parte e pratos típicos são servidos. Esse é o Natal hindu, um período de boa sorte e prosperidade. Essa festa tem duração de uma semana.
Um dos costumes associados com o Diwalli é o jogo, especialmente ao Norte da índia. Se diz que nesse dia a Deusa Parvati jogou os dados com seu marido Shiva e declarou que quem jogasse na noite de Diwalli, prosperaria durante todo o ano seguinte. Ainda hoje, os hindus conservam a tradição do jogo de cartas.
Diwalli é de grande importância para a comunidade dos negócios. As casas e locais de trabalho se renovam e se decoram. As entradas se adoram com lindos motivos tradicionais de desenhos Rangoli para receber a Deusa da riqueza e da prosperidade. Para indicar sua tão esperada chegad se desenha por toda a casa pequenas pisadas com farinha de arroz. As lamparinas e velas devem ser mantidas acesas por toda a noite. As mulheres compram algo de ouro ou de prata, ou algum utensílio novo para ser usado nessa noite.
Ao entardecer, quando se acendem as velas e lâmpadas de azeite, se venera a Deusa entoando canções de devoção e lhe é oferecido também, doces tradicionais.
Os hindus devotos, crêem que Lakshmi atrai a boa sorte e a prosperidade. Se uma mulher é alegre e trabalhadora, se é boa cozinheira, ama a casa e os filhos, e se seu marido prospera, então seus amigos dizem:
-"Tua mulher é uma verdadeira Lakshmi", ou seja, a mulher atrai a boa sorte. Normalmente a mulher casada, particularmente a mulher jovem casada e com filhos, é considerada portadora de boa sorte, pois apresenta aspectos da Deusa Lakshmi, ou seja, o arquétipo ativo da Deusa.




DEUSA DA ECONOMIA

Lakshmi representa a prosperidade mundana, é a abundância e riqueza, em particular nos aspectos domésticos. Ela é uma Deusa da Economia em geral e é muito popular entre empresários e comerciantes, os quais a adoram todos os dias antes de abrirem seus negócios.
Em Nova Deli há um famoso e colossal templo de Lakshmi-Narayan. Foi construído por um multimilionário hindu moderno, um dos mais ricos da Índia em agradecimento a riqueza que já conseguiu.
Mas, segundo os grandes Yoguis, se não estivemos afiançados com a pureza interior, não poderemos desfrutar do dom de Lakshmi que representa: o tesouro espiritual da iluminação. Por isso, são usadas muitas lanternas em suas festas, pois só a luz dissipa a obscuridade da ignorância, só a luz ilumina o caminho até a auto-realização, que é a maior fortuna que podemos aspirar: a paz interior.





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